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19/06/2006 - 11h28

Filme expõe profissionais a extremos

da Folha de S.Paulo

Até onde você iria para garantir seu emprego? Qual o gesto mais extremo que faria para agradar à empresa?

Com essas duas questões provocativas e centrais, o que seria um simples processo de recrutamento de executivos transforma-se num palco de cinismo, competitividade acirrada e questionamentos morais no ácido "O que Você Faria?" ("El Método"), do diretor argentino Marcelo Piñeyro, vencedor de dois prêmios Goya e que tem estréia prevista para agosto nas telas brasileiras.

A história se desenvolve em torno da seleção para um cargo de diretoria, disputado por sete executivos com históricos profissionais diversificados e personalidades opostas, entre os quais estão o profissional "sabe-tudo", o machista, a jovem segura de si e o proativo.

Entre as atividades impostas aos aspirantes à vaga aparecem cenas comuns em dinâmicas de grupo, como a escolha de um líder, a simulação de uma guerra em que só os mais fortes sobrevivem e uma atividade envolvendo fluência em idiomas.

A diferença é que, para cada tarefa, que chega a extremos como almoçar comida podre, um participante é eliminado, dando à seleção ar de "Big Brother", só que para executivos.

O que é mais estridente em "O que Você Faria?" é a degradação dos personagens à medida que o teste, baseado numa "metodologia inovadora" chamada Grönholm, se desenrola. O título do filme em português, aliás, vem a calhar. Durante as atividades vividas pelos personagens, a impressão é a de que Piñeyro testa o espectador.

Graças às semelhanças -exacerbadas, é verdade- com a busca por um emprego na vida real, fica difícil não se projetar na tela e, no meio do filme, deparar-se com a incômoda pergunta: "O que eu faria?"

"Eu e Mateo Gil [roteirista] ouvimos relatos de executivos. Se essas provas parecem cruéis, digo que são todas reais. E olha que descartamos outras que eram muito fortes para colocar num filme. Soubemos de coisas de dar pavor", afirma Piñeyro.

"O processo de seleção de altos executivos por uma multinacional virou a metáfora ideal sobre as relações de poder que se constroem na sociedade. A tensão provocada pela seleção faz com que os sete executivos comecem a demonstrar dolorosas rupturas entre os papéis sociais que representam e o que são de verdade", explica.

Cínico ou esperançoso, Piñeyro dá seu recado numa das cenas finais, em que a última eliminada deixa a seleção: ao sair do modernoso prédio que abriga a sede da empresa, depara-se com a rua em destroços, resultado da passagem de manifestantes contra a globalização. Sem perceber, a profissional passa rapidamente por um cartaz anti-FMI na parede, em que se destaca a mensagem "outro mundo é possível".

"O que Você Faria?" ("El Método") Espanha/Argentina/Itália
Estréia prevista para agosto (haverá apresentação no Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, de 10 a 16 de julho).

Site: www.artfilms.com.br

     

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